sábado, 4 de setembro de 2010

Ninguém disse que ia ser fácil

Na quinta, acordei com pouca dor nos joelhos. Bom sinal. Seria muita pretensão cogitar que os músculos estão se desenvolvendo? Fui ao parque, fiz um alongamento bem alongado e comecei a caminhar pela pista. Após exatos 5 minutos e 30 segundos, comecei a corer. Não deu. A dor sutil da manhã se intensificou, impossibilitando o trote.Resolvi continuar caminhando. O joelho relutou mas permitiu, e a panturilha xiou um pouco nos aclives. Arrisquei outra corrida, dessa vez no lugar e na ponta dos pés, e consegui acelerar o ritimo do treino sem dor. Ao fim dos 21 minutos meus batimentos haviam oscilado em torno dos 135 bpm, dentro da faixa aeróbica desejável para mim ainda que aquem dos treinos anteriores.

A água quente do banho escorrendo sobre minhas pernas proporcionou alívio imenso. Por via das dúvidas, tomei um analgésico-antinflamatório chamado Biprofenid antes de ir trabalhar. Ele se tornara meu predileto há um ano quando acabou com uma dor persistente que tive nas costas. Ao final do dia no escritório eu estava praticamente sem dor. mas 30 minutos dirigindo até minha casa foram o suficiente para fazê-la reapareçer. Antes de dormir, repeti a rotina de alongamento para ver se ajudava e, de fato, amenizou o incômodo um pouco. Hoje, acorde ainda dolorido e um pouco mais preocupado com a possibilidade de ter causado danos mais sérios ao corpo. Tomei outro Biprofenid mas não senti nenhum efeito. Aquela dorzinha incômoda me seguiu o dia inteiro.

À noite, mostrei para a minha esposa e médica o movimento que mais provoca dor: levantar a perna com o joelho dobrado (como se faz para tirar as calças). “Mas não é aí mesmo que é pra estar doendo em função do exercício?” perguntou. Insisti: não teria uma solução? “Tem sim”, disse, “faça hidroginástica e dieta durante uns 10 anos para compensar os 30 anos que passou enfiando o pé na jaca e, depois que emagrecer bastante, você pode começar a andar rápido.” Que exagero! Foram 15 anos no máximo de pé na jaca… Mas, no fundo, acho que todo mundo devia ter um médico assim: que investe sinceridade e sarcasmo no relacionamento sem medo de perder o cliente. É sério mesmo: funcionou.


Estamos no Rio de Janeiro - que continua lindo - e, amanhã, vou fazer minha rotina na Lagoa Rodrigo de Freitas. A patroa tem razão: as indicações apontam mesmo para uma dor muscular característica do nouveaux atletique:  água quente e calor aliviaram a dor, o anti-inflamatório não fez lá muito efeito e eu estou de pé. Segue o jogo.

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